Os Nossos Whippets

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O maior português de sempre

Já meti aqui um “boneco” sobre este tema, de certo modo ridicularizando o programa, mas exactamente sobre o programa em si e pelo humor que tento fazer no “Trio da má-língua” gostaria de dizer duas coisas.

Já se teceram muitos comentários sobre esta votação e pouco haverá a acrescentar.
O aspecto mais criticável é o de uma votação destas nunca poder ser fiável. É muito tendenciosa e basta haver uma mobilização em torno de uma personagem para os dados ficarem viciados e o resultado da votação nunca poder ser representativa.
Mas já toda a gente sabe isto e não deixou de haver uma votação em massa da parte dos portugueses.
A meu ver, os aspectos mais louváveis do programa são por um lado o fazer-se o levantamento histórico, embora em termos lúdicos, pois não nos podemos esquecer de que se trata de um programa de entertenimento e, por outro lado, o que o envolve, isto é, o número de participantes convidados de um modo geral de grande qualidade, que emprestam às sessões um conteúdo teórico e crítico realmente interessante.
Nos tempos que correm, onde nas escolas já mal se dá a História de Portugal, quanto mais não seja por isso, vale a pena e é positivo.

Agora vamos ao humor.
Eu nem sempre me identifico a cem por cento com as críticas que faço através dos bonecos. É que se as críticas ou observações não forem um pouco excessivas perdem a acutilância. O que é difícil é conseguir um equilíbrio e calcular até onde se pode ir. Se se pisa o risco, a graça cai no mau gosto, cai na graçola e peca por excesso. Mas se a graça for politicamente correcta, realmente não tem graça nenhuma.
Eu nunca tive pretensões de hunorista nem um pouco mais ou menos. Divirto-me com isto e ponto final. Mas sou muito exigente no que se refere ao humor que se faz profissionalmente. Sei que é uma arte dificílima, mas a maior parte do que se faz, realmente, é de fraca qualidade.

Juntando a primeira parte da mensagem à segunda, de facto, chega a ser injusto considerar muitos portugueses abaixo de cão, o programa referido atrás de pouca importância e por aí fora.

A propósito:

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