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A origem do Pedigree

 
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nel
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MensagemEnviada: Sex Jan 19, 2007 5:18 pm    Assunto: A origem do Pedigree Responder com Citação

No site OS NOSSOS WHIPPETS, de que este fórum faz parte integrante, existe uma secção com diversos artigos sobre cães, que considero de grande utilidade.

Embora a ligação a esses textos esteja bem visível e acessível, pois consta no bloco de links esquerdo de cada página, julgo que será pouco visitado e, por isso, vou transportá-los aqui para o fórum para a eventualidade de alguém querer comentá-los.

A origem do Pedigree
por Isabel Alves (SeaLords)

Pedigree deriva de "pied de grue" (pé de grou). O grou deixa um rasto com 3 traços para a frente e um para trás, correspondente aos dedos das patas, o que dá mais ou menos a forma das árvores genealógicas: -< Pedigree é, pois, a árvore genealógica.

Durante muito tempo, os criadores, e apenas estes, mantiveram registos das árvores genealógicas dos seus cães (e dos outros bichos todos).
Cabe dizer aqui que a noção de raça ou de pureza de raça, nesta fase, ainda não tem grande significado.
Toda a gente conhece as misturas (ou algumas) feitas pelos criadores de diferentes raças, que foi possível conhecer consultando os registos de criação dessas pessoas. Estou-me a lembrar do caso do Golden Retriever, que é talvez o mais célebre, mas há também registos de criação do Setter Inglês, do Sealyham, etc.

No fim do séc XIX começam as exposições de cães e redigem-se os primeiros estalões. Nesta altura, em que se fazia um trabalho grande de uniformização das raças, era natural que um bom reprodutor valesse uma pipa de massa. E, evidentemente, começou a haver a necessidade de confirmar que aquelas vitórias eram mesmo daquele cão e não doutro com o mesmo nome (é que nesta altura todos os cães se chamavam "Bob" e "Laddie", pelo menos nos cães pastores).
O registo no Kennel Club começou por ser simplesmente o registo do nome. Estando o nome registado no Kennel Club, mais nenhum cão daquela raça podia ter aquele nome, mantendo-se este princípio até hoje.
Como rapidamente se esgotou o reportório de nomes, apareceu o afixo como forma de impedir a duplicação de nomes e, também, para mais facilmente se identificar o criador.

Assim, o Kennel Club não nasceu para registar genealogias mas apenas nomes, embora a partir dos registos se pudesse reconstruir os pedigrees, já que um cão era sempre registado como "X", filho de "Y" e "Z".
É óbvio que o pedigree sempre foi um importante instrumento de trabalho para qualquer criador, pelo que eram eles próprios que faziam esses pedigrees. Aliás, ainda hoje os criadores fornecem os pedigrees dos cães que criam feitos à mão (hoje em dia no computador, claro). O Kennel Club só emite um pedigree se se pedir expressamente.

Eis um típico pedigree inglês:

http://whippet.no.sapo.pt/images/pedigree.jpg

Repare-se bem na declaração final - para um inglês, uma declaração destas tem valor de lei. Aliás, ainda hoje, muitos dos registos baseiam-se na confiança e na boa fé dos criadores. Isto porque um criador cria para si próprio, não fazendo qualquer sentido mentir a si mesmo.
É claro que com a evolução, ou involução, dos tempos as coisas alteraram-se e há muitos interesses para lá do gozo de criar bons cães, pelo que inevitavelmente as falcatruas invadiram o sistema.

Resumindo:

- o pedigree é uma árvore genealógica

- como árvore genealógica que é, mostra como se chegou àquele exemplar - e permite tirar "n" ilacções (se o cão é ou não puro, que qualidades e defeitos se passeiam no património genético do cão, etc).

- como árvore genealógica que é, todos os cães têm uma, sejam coxos, vesgos, ciciosos, brancos, às bolas, ou mesmo sejam rafeiros (desde que se conheça a ascendência).

Não me causa estranheza que um cão fora de estalão tenha registo. Registo é apenas a árvore genealógica. O que está mal é aceitar automaticamente como reprodutor qualquer cão com registo. Na Inglaterra, nos EUA, na França, estes cães fora do estalão são registados - na Inglaterra e nos EUA com uma anotação que os impede de serem expostos e de serem reproduzidos, na França um cão só pode ser reprodutor depois de passar na confirmação, e estes são os poucos casos que são chumbados sem apelo nem agravo.

Pelo exposto, um cão registado no LOP não dá obrigatoriamente a garantia de ser um cão de raça de qualidade. Mas, em muitos casos, cão com LOP vende-se melhor e tem mais valor económico que cão sem LOP, porque alguns compradores e alguns vendedores só querem o LOP para isso. Não se interessam pelos ascendentes, não se interessam se o cruzamento foi feito para apurar a raça, não se importam sequer se o cão é um bom exemplar, só lhes interessa que lá no papel esteja a dizer que o cão é da raça "X".
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